Levantamento da Betway mostra que o Norte e o Nordeste estão entre as regiões com mais jogadores de Free Fire

Levantamento da Betway

Uma pesquisa feita pela Betway mapeou a origem de alguns dos principais jogadores profissionais de eSports no Brasil. Apesar do levantamento apontar que São Paulo é a região que domina o cenário, os números do Free Fire mostraram que o Norte e o Nordeste estão crescendo no mundo dos games. O estado do Amazonas aparece como destaque, assim como Bahia e Maranhão. A expectativa é que essa democratização dos games continue a crescer em todo país, seja no FF ou em qualquer outro.

Segundo alguns números da pesquisa realizada, o Sudeste ainda é a principal região quando o assunto é a quantidade de jogadores profissionais de eSports. Cerca de 58% de todos os atletas entrevistados pela equipe da Betway Insider eram nascidos por lá. Porém, esse número não fica assim se focamos apenas nos dados sobre Free Fire. Neste caso, o Sudeste representa apenas 43% dos atletas, enquanto o Norte e o Nordeste possuem 42%, caso sejam somados. Ou seja, é quase um empate técnico.

O maior destaque nos números vai para o Amazonas, que possui 18% dos jogadores de FF do Brasil. A região não costuma ter bons números em outros games, mas esse não é o caso do jogo mobile. Um dos motivos é a facilidade no acesso, pois o FF é gratuito para os smartphones. Isso significa que não é necessária uma grande estrutura para os atletas profissionais, algo que é mais fácil de encontrar em São Paulo ou no Rio de Janeiro. A Bahia e o Maranhão também possuem bons números, cerca de 5%, pelo mesmo motivo.

Apesar disso, o estado de São Paulo ainda é o local que possui mais jogadores profissionais de Free Fire, cerca de 25% dos entrevistados no levantamento feito neste ano. Minas Gerais e Amazonas aparecem logo em seguida, empatados com 18%. Isso mostra que o game da Garena é um dos mais variados no cenário brasileiro, principalmente se compararmos com League of Legends e Counter-Strike:Global Offensive.

Concentração em SP

A reportagem produzida pela Betway, site de esports bets, também mostrou que em todos os outros jogos a região de São Paulo é o maior centro profissional. No jogo Rainbow Six: Siege, por exemplo, a cidade possui 43% dos atletas e nenhuma outra localidade consegue passar dos 16%. Ou seja, a diferença é significativa e se repete com outros títulos famosos, como o próprio LoL e também o CS:GO.

Alguns atletas acreditam ser impossível fugir dessa centralização em São Paulo, pois é ali que aparecem as oportunidades. Renato “nak” Nakano, antigo jogador de CS:GO, afirma que se não morasse em São Paulo teria muitas dificuldades em se tornar profissional. O atual treinador da MIBR não nega que os melhores convites e as boas oportunidades existem apenas na capital paulista, e não em outras cidades do Brasil.

Gustavo “yel” Knittel e Bruna “bizinha” Marvila também podem servir de exemplo para mostrar a diferença entre São Paulo e outras cidades. Ambos trocaram o Rio de Janeiro pela capital paulista, e conseguiram se consolidar na carreira como atletas profissionais de CS:GO. É claro que esse não é o único caminho que existe, pois, várias cidades no Brasil também possuem equipes de eSports. Porém, é inegável que acaba sendo mais difícil chamar atenção fora de SP.

Novos incentivos

Toda essa centralização do eSports em São Paulo é algo que possui benefícios e malefícios, pois nunca é positivo concentrar investimento em apenas uma cidade ou região. Por conta disso, os outros estados estão buscando formas de incentivar este mercado e abrir um pouco mais a oportunidade para os jogadores profissionais. No Nordeste, por exemplo, não faltam feiras e eventos que buscam ensinar um pouco mais como funcionam os torneios oficiais de jogos eletrônicos.

Assim, o próximo passo para o mercado dos games no Brasil é explorar ainda mais oportunidades em regiões com pouco investimento. Isso significa que o Norte, o Nordeste e o Centro-Oeste devem ganhar mais atenção. Enquanto isso, o estado de São Paulo deve se manter como principal centro de eSports do país.

O Free Fire é um exemplo de que existe demanda para os fãs de jogos eletrônicos. Muitos sonham em virar profissionais, mas essa não é uma carreira fácil. O Norte e o Nordeste possuem um grande potencial, mas ainda precisam de investimentos que ajudem as organizações locais e os jogadores de eSports.

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